terça-feira, 30 de agosto de 2011

Tenha uma atitude positiva. É fácil!

     Você pensa positivo ou negativo?

     Você está satisfeito com sua vida?

     O que você pode fazer agora para melhorar o seu dia?

     Muito do que acontece em nossa vida depende da atitude que adotamos nas situações. Uma atitude positiva nos ajuda a enfrentar os desafios e superar os obstáculos. Mas se tivermos uma atitude negativa, ficamos confusos em nossos problemas, sem saber como resolvê-los.

     Pessoas de atitude negativa não aceitam que tem esta atitude. Acham que têm uma atitude correta e que os problemas são externos. Culpam os acontecimentos, culpam os outros e querem que eles os resolvam. Não aceitam que precisam mudar sua própria atitude e assim, se tornam ansiosas, angustiadas, com raiva e com atitudes defensivas.

     Acham que um simples remédio pode, como em um milagre, acabar com sua depressão, tristeza, ansiedade, estresse. Não querem descobrir a causa de seu sofrimento. Apenas pensam, pensam e não agem. Não querem mudar e assumir a responsabilidade pela própria cura.

     Estão sempre reclamando, sempre insatisfeitas. Por não se sentirem felizes não entendem como os outros podem estar. Procuram imperfeições e defeitos no modo como os outros se vestem, como falam ou agem. Estão constantemente criticando o outro, dizendo como ele está errado ou inadequado.

     Não admitem que estão erradas e sempre pensam que o outro precisa mudar, que a lição é para os outros e não para elas.

     Mas elas precisam compreender que é necessário mudar as lentes de suas mentes, mudar o modo de ver o mundo. Precisam valorizar mais o interno em vez de se focarem tanto no externo.

     Precisam descobrir suas próprias qualidades, se valorizarem. Parar de brigar com elas mesmas. Precisam se libertar da autodepreciação que causa depressão e tristeza.

     Fazendo as pazes com suas mentes podem começar a apreciar a beleza interna e externa tanto nelas mesmas como nas pessoas, no ambiente e nos objetos.

     Se você está insatisfeito, querendo mudar de emprego, com conflitos com os colegas de trabalho ou seu chefe, brigas constantes no lar ou em seus relacionamentos, experimente mudar sua atitude interior. Em vez de se focar nos defeitos das outras pessoas, descubra as qualidades que elas têm.

     Para manter a alegria é importante pensar bem sobre si mesmo e sobre as pessoas. Só o fato de você comentar algo desagradável ou falar sobre os erros dos outros, você já perde energia, entra em uma vibração negativa e isto, com certeza, tira sua alegria e paz mental.

     Ao praticar isto, perceba como seus relacionamentos melhoram, como todos vão querer ficar em sua companhia, como você se sente mais alegre e despreocupado. Perceba como praticando ver o lado positivo dos acontecimentos e das pessoas você experimenta mais deleite no seu dia-a-dia.

     Acorde de manhã dizendo para você mesmo: "Eu sou um filho de Deus. Sou abençoado. Hoje estou feliz! Meu dia será ótimo e encontrarei boas pessoas. Somente coisas boas acontecerão para mim"

     Pense várias vezes ao dia: "Eu gosto de mim. Eu me aceito. Eu gosto de mim da maneira que eu sou".

     Esforce-se para ser alegre. Cultive a alegria interior que vem dos bons pensamentos. A alegria que surge da atitude positiva, a alegria que é contagiante e espalhe isto aonde você for.

domingo, 21 de agosto de 2011

Segurança das crianças: eduque para a prevenção

     Que legal, o seu filho está andando! A partir do 1º ano de vida, o pequeno, que antes ficava a maior parte do tempo no berço, no colo de alguém ou em espaços restritos, começa a ampliar seus horizontes. Aos poucos, a criança assume uma posição ativa. Sua habilidade muscular aumenta e é natural que o interesse pelo mundo que a rodeia torne-se cada vez maior.

     Nesta fase, os riscos de acidentes em casa crescem proporcionalmente. 

     Alfinetes, botões, clipes. E se meu filho engolir? A prevenção é o melhor que se pode fazer. Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria mostram que mais de 90% dos acidentes ocorridos em casa com crianças entre zero e seis anos poderiam ser evitados. 

     Naturalmente, quando a criança começa a crescer atinge um grau de independência que a faz pensar que ela pode tudo, incluindo levar à boca objetos muitas vezes perigosos. 

     O ideal é tirar do alcance dos bebês tudo o que oferece essa possibilidade, como peças de brinquedos, botões, alfinetes e moedas.

     SEGURANÇA EM CADA PEÇA DE SUA CASA 


     Cada peça na casa tem seus próprios riscos de segurança. Vejamos a seguir detalhes de cada peça para ajudá-lo a tornar a sua casa mais segura para crianças.

     A COZINHA 

     Instale travas à prova de crianças em todas as gavetas, armários e compartimentos contendo materiais tóxicos e itens perigosos.

     Desconecte todos os dispositivos elétricos quando não estiverem em uso; quando estiverem em uso, certifique-se de que os cabos não estejam soltos, de forma que a criança possa ter alcance a eles.

     Ao usar o fogão, lembre-se de manter todas as panelas e alças viradas para o fundo do fogão; tenha cuidado ao manipular líquidos quentes que possam respingar ou derramar; e lembre-se repetidamente de manter a criança longe quando alguém estiver cozinhando.

     Ao servir ou consumir alimentos ou bebidas quentes, certifique-se de deixá-los no centro da mesa, não perto da borda onde uma criança possa puxá-los. Não use toalhas de mesa que possam ficar sobrando e serem facilmente puxadas.

     Feche e guarde todos os banquinhos.

     Mantenha facas, garfos, raladores e outros utensílios fora do alcance de crianças e bebês.

     QUARTOS

     Não deixe jóias onde as crianças possam achá-las e possivelmente se engasgarem caso coloquem-nas na boca.

     Perfumes, desodorantes, maquiagens e outras substâncias semelhantes podem causar envenenamentos acidentais.

     Cintos, gravatas, colares e especialmente sacos plásticos podem causar estrangulamento e sufocamento. Mantenha-os fora do alcance de crianças e bebês.

     Nunca coloque travesseiros no berço do bebê e mantenha o berço longe de cordas da cortina, venezianas ou cortinas.

     BANHEIRO 

     Mesmo que você consiga proteger todos os medicamentos, sabonetes, shampoos, cortador de unhas, secador de cabelos, tesouras e grampos, os materiais e equipamentos básicos que fazem parte do banheiro ainda representam um grande perigo para bebês e crianças. Há muitas superfícies escorregadias, azulejos, torneiras de água quente e recipientes contendo água. Supervisione a criança no banheiro.

     Para impedir que as crianças se tranquem sozinhas acidentalmente no banheiro, certifique-se de que a porta não tenha trava - como uma tranca interna - que não possa ser aberta de fora. Você também pode remover a chave e instruir todos na família para bater quando a porta estiver fechada.

     Mantenha a criança voltada para a torneira de água quente na banheira a fim de evitar que ela bata acidentalmente no metal quente.

     Se a criança não conseguir distinguir ou lembrar de ficar longe da torneira de água quente, facilite marcando-a com uma fita vermelha.

     Mantenha os dispositivos elétricos, como barbeadores, secadores de cabelo e escovas de dente elétricas fora do alcance das crianças. Ensine às crianças mais velhas o perigo de usar esses aparelhos perto da água ou com as mãos úmidas.

     ÁREAS DE ESTAR

     Sofás, mesas de café e mesas em geral costumam ter bordas rígidas com cantos afiados que apresentam um risco para um bebê tentando se mover e se pendurar. Considere posicionar proteções macias e com bordas redondas nesses locais problemáticos.

     Remova todos os móveis instáveis (que possam ser facilmente puxados ou derrubados) para uma área que esteja inacessível à criança. Além disso, esteja atento a cadeiras de balanço e reclinadores, em que os dedos da criança podem ser esmagados ou ficarem presos.

     É extremamente recomendado posicionar um portão de segurança na parte superior de cada escada. Posicione o portão inferior no terceiro degrau a partir da parte inferior para permitir que o bebê dê dois ou três passos para praticar na escada sem risco de lesões graves.

     Se você tiver um piano em casa, proteja a criança de bater acidentalmente na tampa ou prender os dedos em cada extremidade do teclado.

     Facilite para que as crianças subam e desçam as escadas. Acrescente um corrimão temporário do tamanho da criança na parede oposta ao corrimão permanente. Mantenha a escada iluminada e sem brinquedos, roupas e resíduos.

     Sempre que usar a lareira, use uma proteção ou vedação para impedir que as faíscas da madeira sejam carregadas no ar; use somente madeira seca. Uma proteção mista é preferível a uma de vidro, pois não ficará tão quente.

     Armazene a pá, outros instrumentos que sejam pesados e com pontas afiadas, fósforos, acendedores e fluido iniciador fora do alcance de bebês e crianças.

     Instale detectores de fumaça em cada andar da sua casa.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Não é fácil, mas é divertido ser professor...

     Quebrando um pouco o protocolo e saindo do assunto original do blog, abaixo apresento verdadeiras pérolas... Como diz o titulo deste post, não é fácil, mas que é divertido... ah isso é!


  







segunda-feira, 15 de agosto de 2011

AMBIÇÃO: Qual é a sua?


     São os ambiciosos que fazem o mundo girar, afirma especialista.

     Não raramente, a palavra ambição é associada a significados negativos que denotam um desejo sem limites de se conseguir o que quer. Nessa perspectiva, o ambicioso é aquele indivíduo capaz de passar por cima de tudo e de todos para atingir seus objetivos. Mas será que é só isso e pronto?

     Na contramão dessa tese, a psicóloga Daniela Levy, presidente da Appal – Associação de Psicologia Positiva da América Latina – defende que as pessoas ambiciosas são, na verdade, as que fazem o mundo girar. “Elas apresentam projetos, abrem empresas, sonham e colocam em ação. E é isto o que qualquer empresa quer: pessoas motivadas, com iniciativa, que correm atrás para atingir suas metas”, afirma.

     Dentro dos limites éticos e morais, a ambição pode ser uma característica muito positiva. Segundo estudos citados pela presidente da Appal, a característica está fortemente presente entre as pessoas persistentes e com uma boa autoestima.

     “O limite da ambição é a ética. A grande ambição deve ser saber se destacar dentro de todas as suas limitações, com ética e integridade. Esta sim é a característica valorizada por todas as empresas e que garantirá o sucesso e a satisfação pessoal buscada”, ressalta Daniela.

     “Vale refletir sobre tudo o que você não quer fazer para atingir seus objetivos, como roubar, mentir ou pisar nos outros. É preciso observar sempre o conjunto de princípios morais”, afirma a psicóloga.

     Falta de ambição é um problema?

     Se a ambição excessiva é vista com maus olhos, a falta dela é ainda pior. A ausência total de ambição normalmente é relacionada à falta de iniciativa e de perspectivas para o futuro. Mas essa característica pode ser desenvolvida, defende a especialista.

     Ao que tudo indica, uma atitude positiva na educação desde a infância faz toda a diferença. Estimular a confiança, mostrar que correr riscos é saudável, ensinar a lidar com derrotas e expor as crianças a uma variedade de interesses ajuda muito na formação de um indivíduo confiante e determinado, características que também podem ser desenvolvidas em adultos.

     Segundo a psicóloga, a chave para alcançar o sucesso é descobrir a sua ambição e saber usá-la. “O indivíduo deve se perguntar: do que eu gosto? Em que sou bom? Os outros estão dispostos a me pagar por isso? Quem consegue definir bem estas questões pode se focar melhor nos seus objetivos”, afirma Daniela.

     Estudos mostram também que, quando a ambição não é simplesmente uma busca por dinheiro, as chances de sucesso aumentam. Afinal é muito difícil fazer bem e obter sucesso em algo que não se gosta. “A busca deve ser para obter satisfação e realização pessoal. O dinheiro é uma consequência natural”, explica a psicóloga.

Conheça o PPP

     Esse informativo vem elucidar as questões referentes ao PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário, que pela Medida Provisória 1.523/96, convertida na Lei 9.528/97, existe desde Outubro de 1996, mas que só seria obrigatório a partir de 01.NOV.2003, nos termos da Instrução Normativa nº 90 de 16.JUN.2003, mas foi prorrogado para 01.01.2004 desde ano.

     1. O que é o Perfil Profissiográfico Previdenciário?
 
     É o documento histórico laboral individual do trabalhador, que se destina a informar o INSS sobre a efetiva exposição do trabalhador a agentes nocivos. PPP é a sigla de Perfil Profissiográfico Previdenciário, um documento histórico-laboral do trabalhador, apresentado em formulário instituído pelo INSS, contendo informações detalhadas sobre as atividades do trabalhador, exposição a agentes nocivos à saúde, resultados de exames médicos e outras informações de caráter administrativo. O modelo do formulário encontra-se no Anexo XV da Instrução Normativa nº 84 do INSS, de 17/12/2002

     Objetivo: Apresentar, em um só documento, o resumo de todas as informações relativas à fiscalização do gerenciamento de riscos e existência de agentes nocivos no ambiente de trabalho, além de ser o documento que orienta o processo de reconhecimento de aposentadoria especial.

     2. Qual é o conteúdo do PPP?
 
     O referido histórico conterá, cronologicamente por período, informações administrativas, ambientais e biológicas.

     As informações administrativas abrangem, entre outras, setor, cargo, função, atividades desenvolvidas, os registros de CAT e o conjunto das exigências morfo-bio-psíquicas necessárias ao bom desempenho das funções, a partir das quais considerar-se-á apto o trabalhador. Estas informações estão disponíveis normalmente no Setor de Recursos Humanos da empresa.

     As informações ambientais abrangem, entre outras, os agentes nocivos ambientais a que o trabalhador esteve ou está efetivamente exposto, sua intensidade ou concentração, a utilização de Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC, a presença de medidas administrativas de proteção e, em última instância, a utilização de Equipamentos de Proteção Individual, com o respectivo atestado de sua eficácia e a conclusão acerca do enquadramento ou não de atividade ensejadora de aposentadoria especial.

     Estas informações estão disponíveis normalmente na documentação ambiental da empresa, devendo ser prestadas com base em Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT*, que é parte integrante dos Programas de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, nos termos da Legislação Trabalhista.

     As informações biológicas abrangem, entre outras, a relação de exames obrigatórios e complementares, realizados para controle médico-ocupacional, as perdas de capacidade laborativa temporárias e permanentes e os agravos à saúde. Quanto aos exames médicos, deverão ser apontados apenas aqueles relacionados aos riscos ambientais que forem constatados, indicando se o resultado do exame foi normal ou alterado, sem descrevê-lo. Estas informações serão prestadas com base no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO e seu relatório anual, nos termos da NR-07, do MTE.

     *O LTCAT, como o nome diz, é um laudo técnico, isto é, um documento que retrata as condições do ambiente de trabalho de acordo com as avaliações dos riscos. O PPRA, por sua vez, é um programa de ação contínua, não é apenas um documento (ver FAQ do PPRA). O LTCAT pode ser um dos documentos que integram as ações do PPRA. O PPRA é uma exigência da legislação trabalhista e o LTCAT da legislação previdenciária. Veja a letra da Lei: "A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.

     3. Quando deverá ser atualizado?
 
     Sempre que houver mudança das informações contidas nas seções administrativas, ambientais ou biológicas; alterações clínico-psíquico-biológicas; afastamentos do trabalho, ocorrência ou agravamento de acidente do trabalho ou doença ocupacional, entre outros. Não havendo mudanças, a atualização será feita pelo menos uma vez ao ano, na mesma época em que forem apresentados os resultados da análise global do desenvolvimento do PPRA e demais programas ambientais.

     4. Quem deverá elaborar o PPP?

     Todas as empresas, mesmo as sujeitas ao SIMPLES .

     5. Quem deve assinar o PPP?
 
     O representante legal ou o preposto da empresa deverá assinar o PPP. Entretanto, há a obrigatoriedade da indicação do Médico Coordenador do PCMSO e do Engenheiro de Segurança do Trabalho ou Médico do Trabalho responsável pelo LTCAT, apesar de não ser necessária a assinatura dos mesmos

     Ainda, no caso de haver mudança dos responsáveis pelo PCMSO ou *LTCAT - Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho, por determinação expressa da legislação previdenciária, deve ser expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho,deverá ser indicado os nomes e registros, discriminando o período em que cada um prestou as informações que embasaram o preenchimento do PPP.

     6. Quem receberá o PPP?

     Todo trabalhador, seja empregado, avulso ou cooperado, independente de haver exposição ou não.

     7. Em que situação o PPP deverá ser emitido?

     Deverá ser emitido obrigatoriamente, nas seguintes situações:
  • por ocasião do encerramento de contrato de trabalho, em duas vias, com fornecimento de uma das vias para o empregado mediante recibo;
  • para fins de requerimento de reconhecimento de períodos laborados em condições especiais;
  • para fins de concessão de benefícios por incapacidade, quando solicitado pela Perícia Médica do INSS

     8. Quais as implicações legais para as empresas que não cumprirem as exigências mencionadas acima?

     Segundo o art.187, §4º da IN nº 84/2002, a não manutenção do Perfil Profissiográfico Previdenciário atualizado ou o não fornecimento do mesmo ao empregado, por ocasião do encerramento do contrato de trabalho, ensejará aplicação de multa prevista na alínea “o”, inciso II, art.283 do RPS. O valor da multa é a partir de R$ 8.278,60 para cada infração. As infrações podem ser cumulativas, e este valor poderá ser diminuído ou aumentado, constatada a existência de atenuantes ou agravantes, não podendo ultrapassar R$ 8.278,52.

domingo, 14 de agosto de 2011

A morte misteriosa do Planejamento

     Quando Planejamento, sua esposa Urgência e sua filha Pressa se mudaram para o Residencial Marketshare, parecia que seriam “felizes para sempre”. A nova família foi muito bem recebida por condôminos e funcionários.

     Entretanto, o tempo tratou de ir trazendo a dura realidade do Marketshare para o Planejamento.

     Dona Rotina, a síndica, logo caiu nas graças de Dona Urgência. Tornaram-se inseparáveis companheiras e confidentes. Passavam o dia inteiro batendo perna pelo condomínio. Quase nada lhes escapava aos olhos e à língua. O que não viam, inventavam. Sem saber exatamente por que, Planejamento não gostava daquela amizade da Rotina (uma falsa) com a Urgência.

     O morador do apartamento 171 também incomodava. O senhor Walmir Mercado era figura imprevisível. Sofria de transtorno bipolar severo, alternando dias de simpatia, serenidade com momentos de extrema irritação e instabilidade. Por conta disso, vários foram os desentendimentos do Mercado com Planejamento – principalmente quando aquele entrava em delírios, alucinações e manias de perseguição, bradando ameaças escatológicas e apocalípticas pelos corredores.

     Morava na cobertura, o Senhor Resultado. Cara esquisito. Dizia-se comerciante, mas era mesmo um agiota. Envolvia as pessoas com conversa mole, convencendo-os a associarem-se a ele em algum novo negócio. Levava seus sócios a empenharem suas parcas economias na nova empresa. Quando o dinheiro acabava (e isso sempre acontecia), emprestava-lhes a taxas de juros pra lá de abusivas. Logo, o incauto empreendedor estava irremediavelmente preso e dependente do Senhor Resultado. Planejamento também acabou vítima do conto do Resultado. Investiu tudo em um supostamente promissor e milionário negócio de enfeites de feltro para árvores de natal.

     Em pouco tempo, não teve outra saída se não hipotecar seus imóveis para pagar parte das dívidas. Planejamento estava falido e desacreditado.

     As desavenças com o morador do apartamento 171 também eram cada vez mais freqüentes. Certo dia, após um desentendimento sobre vaga no estacionamento, muitos ouviram o Mercado aos berros no hall de entrada: “O Senhor vai ver, seu Planejamento. Ainda acabo com a sua vida.”

     Como se não bastasse, a Rotina (que não era de confiança mesmo), não se sabe exatamente por que, passou a chantagear a Urgência por conta do segredo do nascimento da Pressa. Como Urgência não cedeu à pressão, a ex-amiga escreveu carta anônima e enviou para o Planejamento. Ao ler aquela história escabrosa, Planejamento passou a pressionar a sua esposa para que contasse a verdade. Ela negava veementemente, mas ele estava determinado a ir até o fim.

     Assim, constantemente assediado por truculentos cobradores do Resultado, ameaçado violentamente pelo Mercado, em pé de guerra com a Urgência, Planejamento passou a viver dias de insegurança e medo.

     Certo dia, o professor de dominó do condomínio, ao abrir sua academia, deparou-se com o corpo já sem vida do Planejamento, debruçado sobre a mesa principal.

     Estava estabelecido o mistério. A primeira versão dava conta de que o Planejamento tinha sido vítima de mal súbito. Sabedor de que havia muita gente interessada na sua morte, o delegado local insistiu em encomendar uma autópsia – contra a vontade da viúva. No procedimento, legistas descobriram altas doses de Coca-cola Diet e Mentos em todo o sistema digestório do finado.

     Não havia dúvidas: Planejamento foi assassinado. E a polícia já tinha uma legião de suspeitos.

     Afinal… quem você acha que acabou com o Planejamento? As armadilhas da Rotina, a instabilidade do Mercado, as pressões do Resultado, ou a imprevisível Urgência?

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Solução paliativa

     Os métodos ágeis normalmente são utilizados por empresas como uma “solução paliativa”. Ou seja, elas utilizam as práticas para tentar solucionar os problemas em curto prazo, sem dar muita importância às raízes do problema (causas, razões).

     O problema é que os métodos ágeis, por exemplo um Programa estruturado de identificação e gestão de desvios, tem como principal fator evidenciar ainda mais os problemas das empresas. E ao se deparar com isso, os gestores acabam desistindo dos métodos ágeis.

     “Ah, isso não funcionou aqui. Só trouxe mais problemas”.

     “Ao invés de soluções, só me trouxe mais problemas!”

     As empresas enxergam estes Programas como um conjunto de PROCESSOS e FERRAMENTAS que vão resolver os problemas da empresa. Nada mais paliativo do que isso.

     Na verdade os Programas de Segurança facilitam a adoção de um conjunto de CRENÇAS e VALORES que vão transparecer os problemas da empresa, e motivar as PESSOAS a resolvê-los. Isso é pensar na solução definitiva.

     Uma historinha que aborda bem este conceito de “solução paliativa”.

     Na China, a maior empresa de tecnologia do setor chama-se FOXCONN. É a empresa responsável por montar os dispositivos da Apple, por exemplo.

     O ambiente de trabalho é bem linha de produção. Embora a empresa atraia muitas pessoas interessadas em se capacitar e crescer (principalmente trabalhadores do interior), o fato do trabalho ser rotineiro tem causado sérios problemas aos funcionários. Mesmo a empresa tentando trazer um conceito de “ambiente universitário”, inclusive com dormitórios e equipe psicológica de apoio, a empresa tem um índice assustador de 17 suicídios nos últimos 5 anos. Eram funcionários da empresa, que subiram nos prédios mais altos e pularam para a desgraça.

     Ora, 17 suicídios em 5 anos é um índice assustador, mesmo para uma empresa que emprega milhares de pessoas. A empresa precisava tomar alguma atitude para acabar com essa estatística assustadora.

     Investigar as razões? Trabalhar o lado psicológico dos seus empregados? Identificar pessoas em risco eminente?

     Que nada.

     A solução foi essa aí de baixo.


     Instalar REDES para evitar que os operários pulem. A legítima solução paliativa.

     Se você quiser adotar os métodos ágeis e achar que isso não envolve uma mudança de cultura e estrutura organizacional, então você estará fazendo o mesmo que a Foxconn: instalando redes para tentar reter seus funcionários (espero que os seus não pulem, pelo menos).

     Seus problemas não serão resolvidos apenas com processos e ferramentas. Tenha convicção disso.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Programa 5S

     O 5S é o bom-senso que pode ser ensinado, aperfeiçoado, praticado para o crescimento humano e profissional. Convém se tornar hábito, costume, cultura. 

     O 5S surgiu no Japão no início dos anos 1950. Na indústria, seus principais papéis são: liberar áreas, evitar desperdícios, melhorar relacionamentos, facilitar as atividades e localização de recursos disponíveis. Trata de uma sigla formada pelas iniciais de cinco palavras japonesas. No Brasil, alguns “S” foram traduzidos usando palavras variadas. Com isso, o 5S gerou resultados diferentes de um para outro local. A tradução que adotamos é uma das mais praticadas, graças ao trabalho feito pela Fundação Christiano Ottoni (FCO), em empresas e escolas, a partir da década de 90. É tradução adequada a qualquer lugar onde se vive, por não usar expressões exclusivas do meio empresarial.

     Observando os métodos de gestão e o potencial das pessoas em variados ambientes, sentimos que, devidamente entendido e apresentado, o 5S pode ser praticado por qualquer pessoa, em qualquer circunstância. Com isso, o 5S que praticamos hoje é mais humano do que quando começou a ser divulgado no Brasil, nos anos 1980. Seus princípios são semelhantes aos princípios da vida.

     A sigla 5S saiu de cinco palavras japonesas que começam com a letra S.


     Vejamos separadamente os conceitos de cada um dos 5S:

     1) SEIRI – Senso de Utilização

     Significa utilizar materiais, ferramentas, equipamentos, dados, etc. com equilíbrio e bom senso. Onde é realizado o descarte ou realocação de tudo aquilo considerado dispensável para realização das atividades. Os resultados da aplicação do Senso de Utilização são imediatamente evidenciados.
  • Ganho de espaço
  • Facilidade de limpeza e manutenção
  • Melhor controle dos estoques
  • Redução de custos
  • Preparação do ambiente para aplicação dos demais conceitos de 5S
     2) SEITON – Senso de Organização

     O senso de organização pode ser interpretado como a importância de se ter todas as coisas disponíveis de maneira que possam ser acessadas e utilizadas imediatamente. Para isto devem-se fixar padrões e utilizar algumas ferramentas bem simples como painéis, etiquetas, estantes, etc. Tudo deve estar bem próximo do local de uso e cada objeto deve ter seu local específico. Podemos identificar como resultados do senso de organização:
  • Economia de tempo;
  • Facilidade na localização das ferramentas;
  • Redução de pontos inseguros.
     3) SEISO – Senso de Limpeza

     A tradução para a palavra Seiketsu é limpeza. Este senso define a importância de eliminar a sujeira, resíduos ou mesmo objetos estranhos ou desnecessários ao ambiente. Trata-se de manter o aceio do piso, armários, gavetas, estantes, etc. O senso de limpeza pode ir além do aspecto físico, abrangendo também o relacionamento pessoal onde se preserva um ambiente de trabalho onde impere a transparência, honestidade, franqueza e o respeito. A aplicação do senso de limpeza traz como resultado:
  • Ambiente saudável e agradável;
  • Redução da possibilidade de acidentes;
  • Melhor conservação de ferramentas e equipamentos;
  • Melhoria no relacionamento interpessoal.
     4) SEIKETSU – Senso de Padronização e Saúde

     O senso de padronização é traduzido na fixação de padrões de cores, formas, iluminação, localização, placas, etc. Como abrange também o conceito de saúde, é importante que sejam verificados o estado dos banheiros, refeitórios, salas de trabalho, etc. afim de que sejam identificados problemas que afetam a saúde dos colaboradores como os problemas ergonômicos, de iluminação, ventilação, etc. Este senso tem como principal finalidade manter os 3 primeiros S’ (seleção, ordenação e limpeza) de forma que eles não se percam. Podem-se evidenciar como principais resultados da aplicação deste conceito:
  • Facilidade de localização e identificação dos objetos e ferramentas;
  • Equilíbrio físico e mental;
  • Melhoria de áreas comuns (banheiros, refeitórios, etc);
  • Melhoria nas condições de segurança.
     5) SHITSUKE – Senso de Auto-disciplina

     A última etapa do programa 5S é definida pelo cumprimento e comprometimento pessoal para com as etapas anteriores. Este senso é composto pelos padrões éticos e morais de cada indivíduo. Esta etapa estará sendo de fato executada quando os indivíduos passam a fazer o que precisa ser feito mesmo quando não há a vigilância geralmente feita pela chefia ou quando estendem estes conceitos para a vida pessoal demonstrando seu total envolvimento. Diante de um ambiente autodisciplinado a cerca dos princípios 5S é possível que se tenha:
  • Melhor qualidade, produtividade e segurança no trabalho;
  • Trabalho diário agradável;
  • Melhoria nas relações humanas;
  • Valorização do ser humano;
  • Cumprimento dos procedimentos operacionais e administrativos;
     A convivência com os cinco sensos apresentados leva os indivíduos a compreenderem melhor o seu papel dentro de uma organização e os torna parte da pirâmide dos resultados alcançados, fazendo nascer a consciência de que é preciso ser disciplinado mesmo quando não há cobranças. Por isso, os Programas de Qualidade têm auxiliado as empresas no processo de melhoria contínua dos produtos ou serviços, principalmente através da mudança cultural, a fim de se obter a vantagem competitiva necessária que será colhida a curto, médio e longo prazo.

     E vocês, tem alguma experiência com 5S para compartilhar? Deixem seus comentários abaixo. Vamos discutir o tema!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Cadastramento da Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT pela Internet


     O acidente de trabalho ocorrido deverá ser comunicado ao INSS por meio da CAT e deve se referir às seguintes ocorrências:
  • CAT inicial: acidente do trabalho típico, trajeto, doença profissional, do trabalho ou óbito imediato;
  • CAT de reabertura: afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou de doença profissional ou do trabalho; ou
  • CAT de comunicação de óbito: falecimento do empregado decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, após o registro da CAT inicial.
     A CAT deverá ser preenchida com todos os dados informados nos seus respectivos campos, em quatro vias, com a seguinte destinação:
  • 1ª via: ao Instituto Nacional de Seguro Social - INSS;
  • 2ª via: ao emitente
  • 3ª via: ao segurado ou dependente;
  • 4ª via: ao sindicato de classe do trabalhador;
  • 5ª via: ao Sistema Unico de Saúde - SUS, e
  • 6ª via: à Delegacia Regional do Trabalho - DRT. 
     O cadastramento da "Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT" via internet visa facilitar e agilizar o registro dos Acidentes de Trabalho e das Doenças Ocupacionais, pelo Empregador, havendo ou não afastamento do trabalho por parte do acidentado.
 
     A CAT registrada pela Internet é válida para todos os fins perante o INSS.
 
     No ato do cadastramento da CAT por meio da Internet, o emissor deverá transcrever as informações constantes no atestado médico para o respectivo campo da CAT, sendo obrigatória a apresentação do atestado médico original por ocasião do requerimento de benefício e da avaliação médico-pericial.
 
     A CAT registrada por meio da Internet deverá ser impressa, constar assinatura e carimbo de identificação do emitente e médico assistente, a qual será apresentada pelo segurado ao médico perito do INSS por ocasião da avaliação médico-pericial.
 
     A aplicação permite também imprimir o formulário da CAT em branco para preenchimento das informações do Empregador, do Acidentado, do Acidente e do Atestado Médico.
 
     O documento só será cadastrado com todas as informações preenchidas.
 
     O Empregador deverá seguir o seguinte roteiro para ter acesso a página do cadastramento:
  • Previdência Social;
  • Agência Eletrônica: Empregador;
  • Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT);
  • Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT pela Internet e fazer o download da aplicação CAT.
     Após o download, executar o programa catsetup.exe para instalar a aplicação em seu equipamento.
 
     Para iniciar o Sistema CAT, clicar no ícone que será criado na área de trabalho do Windows durante a instalação.
 
     A aplicação a ser instalada no equipamento não serve para simulação devendo ser utilizada somente para cadastramento das Comunicações de Acidente de Trabalho, ou Doenças Ocupacionais, que tenham ocorrido e não foram registradas até o momento.
 
Este é um importante organograma para o procedimento nas CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Arrumação e limpeza do local de trabalho

1. Limpe a sua máquina, as suas ferramentas, os seus equipamentos e outros utensílios no fim do expediente, e mantenha-os razoavelmente limpos durante o trabalho.

2. Ponha todo o lixo, sucata, aparas, etc, nos recipientes que lhes são destinados facilitando o trabalho do pessoal encarregado da limpeza geral.

3. Mantenha limpo e desobstruído o piso e as passagens do seu local de trabalho, bem como os acessos aos extintores e as saídas de emergência.

4. Mantenha devidamente arrumados os materiais e as ferramentas com que trabalha, principalmente as ferramentas de corte.

5. Se acidentalmente, derramar óleo ou qualquer outro líquido no piso ou em qualquer outra superfície, limpe-o imediatamente.

6. Apanhe objetos abandonados no piso. Uma simples ponta de eletrodo ou prego podem causar queda, se não puder remover o objeto abandonado, comunique-o ao supervisor ou, pelo menos, assinale a condição perigosa.

7. Ao empilhar materiais como, por exemplo, sacos e blocos, cruze-os, para que a pilha não desmorone.

8. Não jogue pontas de cigarro no piso. Use os recipientes apropriados, certificando-se de que o cigarro está apagado.

9. Não permita que os materiais estocados no piso, em prateleiras ou em paletes se projetem nos corredores ou passagens.

10. Mantenha os líquidos e substâncias inflamáveis dentro de recipientes apropriados, devidamente tampados.

11. Não deixe as latas de tinta, solventes, etc. em qualquer canto. No final do Expediente, deposite-as nos recipientes apropriados e devidamente fechados.

12. Antes de jogar no lixo cacos de vidro ou qualquer outro material similar, embrulhe-os em cartão ou papelão.

13. Assegure-se de que mangueiras, cabos, cordas, extensões elétricas, etc, estão corretamente estendidas nos locais de trabalho, ao abrigo dos rodados de veículos, quinas vivas dos materiais, etc. e não constituem riscos de quedas.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Por quê o feedback critico aparenta ser melhor que o feedback positivo?


     Quando lideramos pessoas e precisamos realizar suas avaliações de desempenho, onde tendemos a nos concentrar? Provavelmente em “oportunidades de melhoria”, certo? Claro, você menciona algumas coisas positivas, mas geralmente despendemos muito mais tempo falando sobre as falhas e deficiências dos comportamentos e atitudes da pessoa.

     Se você fizer isso, não se preocupe, você é humano. Prestar mais atenção ao que está errado não é tão ruim assim. Você pode dizer que fornece feedback crítico, pois em sua experiência, a crítica produz melhores resultados do que elogios.

     Isto é resultado de, muitas vezes, a pessoa ter uma melhora de comportamento após um feedback crítico; ou a pessoa ter um desempenho pior após fornecermos feedback positivo.

     Ainda assim, você pensa que fornecer feedback positivo é bom e que você deveria fornecer com maior frequência, porém quando se trata de melhorar o desempenho das pessoas, a crítica é a melhor ferramenta para o trabalho, segundo sua experiência.

     Infelizmente, esta é uma daquelas áreas onde as lições da experiência não são óbvias – e pode até ser enganosa. Sua observação de que a crítica impulsiona a outra pessoa a melhorar é, provavelmente, precisa. Mas o que de fato está acontecendo não é o que você imagina. Na verdade, é algo chamado de “regressão à média”, e se você não entender isso, você e sua equipe Se tornarão reféns de uma ferramenta mal utilizada.

     O desempenho humano nunca é completamente consistente. Se você analisar jogadores de futebol, professores, empresários, empreendedores e as pessoas que trabalham para você. Ninguém tem um desempenho excelente ou ruim todo o santo dia. Todos nós sabemos disso e é por isso que avaliamos a performance de um jogador de futebol não somente por um jogo, mas por uma temporada inteira. Em outras palavras, olhamos para o desempenho médio do jogador ao longo do tempo.

     Se você acompanhar o desempenho de alguém em cada tarefa, você descobrirá que uma performance de excelência – aquela que está muito acima da média de desempenho da pessoa – é geralmente seguida por um desempenho menos inspirador – que está mais perto da média de desempenho da pessoa. O mesmo ocorre com uma performance ruim. Um desempenho ruim é geralmente seguido por algo melhor. Ninguém está fazendo com que isso aconteça. Tudo isso faz parte da variabilidade do desempenho das pessoas, especialmente quando se está executando atividades moderadamente complexas.

     Os problemas e equívocos surgem quando nos esquecemos disso ou quando somos consumidos pela rotina, cada vez mais estressante. Por que nos esquecemos de algo tão óbvio? Porque mesmo quando sabemos que o desempenho pode variar muito em torno de uma média, tendemos a dar maior peso para o desempenho mais recente da pessoa. Inconscientemente, nós consideramos estes últimos desempenhos como melhor indicador da capacidade que a pessoa demonstrou há dois dias ou na semana passada. Nossas mentes se atém e dão mais importância ou precisão para as últimas informações e situações e por isso pegamos isso como base em nossa avaliação do desempenho de cada pessoa.

     Se você colocar o feedback crítico e o feedback positivo juntos, pode parecer que o feedback critico funciona melhor do que o elogio. Vamos entender por quê?

     Considere uma tarefa importante e moderadamente difícil realizada regularmente por alguém que trabalha para você. Vamos dizer que você pode avaliar o desempenho da pessoa em uma escala de 1-10, sendo 10 o melhor, e que o desempenho médio nos últimos meses tem sido apenas 5. Então, você começa a monitorar o seu trabalho e dando-lhe feedback positivo ou negativo, críticas ou elogios, depois de cada performance.

     Consequentemente, quando a pessoa tem uma performance inferior à média, ele provavelmente terá um desempenho melhor na próxima vez, mesmo se você fizer ou não fizer nada. No entanto, desde que criticou o desempenho da pessoa, você (por engano) conclui que ela melhorou por causa de sua crítica, e você será convencido disso porque a performance mais recente da pessoa (as últimas informações que você tem) receberá grande peso em sua mente.

     Da mesma forma, quando a sua pessoa executa acima de seu nível médio, ela provavelmente terá um desempenho pior na próxima vez, mesmo se você dizer ou fazer nada – porque, novamente, seu desempenho tende a regredir à média. No entanto, porque você forneceu um feedback positivo para o desempenho da pessoa, você vai concluir que a piora na performance foi causada pelo elogio.

     Mesmo que você não perceba essas conexões tão aparentes de forma consciente no dia a dia, você está ciente deles intuitivamente. E a consequência mais provável será que você fornece muito mais feedback crítico do que feedback positivo.

     Infelizmente, essa é uma receita ruim se você deseja desenvolver as pessoas e contribuir para melhoria do desempenho médio delas. Muito estudos psicológicos apresentam evidências de que o elogio – identificar e construir os pontos fortes – irá produzir melhores resultados do que estar focado em falhas.

     Para melhorar, as pessoas precisam de feedback positivo. É muito importante reconhecer e reforçar os pontos fortes da pessoa. Esta não é uma tarefa simples! Procure planejar semanalmente um momento em que você faça a análise dos pontos positivos que sua equipe teve naquele período e estabeleça uma acompanhamento sistemático do desempenho de cada colaborador.

     Não se deixe enganar pela sua experiência. Suas lições reais nem sempre são óbvias, e encontrá-las muitas vezes exige pensamento, reflexão e análise. Somente quando você está plenamente consciente do que está acontecendo, e o motivo de estar acontecendo, é que você pode fazer a melhor escolha. Neste caso, significa elogiar muito mais do que criticar.

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