quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O que é "Segurança de Processo"?

Nem todos os perigos e riscos são iguais ou podem causar as mesmas consequências. Perigos/ riscos pessoais ou ocupacionais, tais como escorregões, quedas, cortes e acidentes com veículos, geralmente produzem efeitos sobre um único trabalhador. Por outro lado, perigos/riscos de processo podem ocasionar acidentes maiores, envolvendo a libertação de materiais potencialmente perigosos, incêndios e explosões ou ambos. Os incidentes de segurança de processo podem ter efeitos catastróficos e podem resultar em múltiplas mortes e feridos, assim como danos substanciais à economia, à propriedade e ao ambiente. Incidentes de segurança de processo podem causar dano, tanto aos trabalhadores no interior de uma fábrica, como ao público que reside nas vizinhanças. Essa é a razão pela qual a gestão da segurança de processo está focada no projeto e engenharia das instalações, testes e manutenções de equipamentos, alarmes e controles de processo eficazes, procedimentos de operação e manutenção, formação do pessoal e fatores humanos.

                    SEGURANÇA DE PROCESSO                                 SEGURANÇA PESSOAL

Uma analogia
O professor Andrew Hopkins da Australian Nation University sugere o seguinte exemplo para mostrar a diferença entre segurança pessoal e segurança de processo. Uma preocupação de segurança importante na indústria da aviação comercial são as lesões causadas aos carregadores de bagagens – por exemplo, lesões nas costas e luxações musculares (segurança pessoal). Mas nenhuma empresa aérea jamais pensaria que seus esforços para reduzir esse tipo de lesão melhoraria a segurança de voo (equivalente à segurança de processo). São necessárias atividades e programas diferentes para gerir as diferentes áreas da segurança.

Sabia?
O bom desempenho em segurança pessoal não assegura um bom desempenho em segurança de processo. Embora exista muito em comum, como uma boa cultura e atitude de segurança, um bom desempenho em segurança de processo requer uma compreensão profunda dos perigos específicos associados aos produtos químicos (manuseados ou armazenados) e às operações de processo que são realizadas em cada instalação.

O que podes fazer?
- Compreender os perigos e riscos específicos dos materiais na tua instalaçãp e a tua responsabilidade no manuseio com segurança desses materiais.
- Compreender os perigos e riscos específicos dos processos de manipulação, armazenagem, transporte, reembalagem, outras operações de processamento realizadas na tua unidade;
- Compreender o teu papel nas atividades de segurança de processo, incluindo a análise de perigos e riscos, a gestão de mudança, o relato e investigação de incidentes, a manutenção e testes, e o cumprimento dos procedimentos e práticas de trabalho seguras.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Empilhadeira – Quais riscos você identifica

Observe a imagem e identifique os riscos existentes.

Pergunta: Quais os riscos que você identifica na situação?

Resposta:
1 – Ajudantes estão sem os EPIs necessários para a atividade capacete com jugular, óculos de segurança, cinto de segurança e luvas de proteção)
2 - Colaborador de boné vermelho está sobre a carroceria do caminhão no ato do carregamento (proibido)
2 - Colaborador sem boné em cima da carga puxando uma corda para amarrá-la, (risco de queda, pois o mesmo está sem o cinto trava queda que deve ser utilizado quando se vai lonar um caminhão, ou fazer algum serviço em altura) e também, o mesmo está ajoelhado em baixo da luminária, quando se levantar pode bater a cabeça nela.
3 - Operador de empilhadeira está transitando com a carga elevada além do permitido. (proibido) e também não está usando capacete com jugular, óculos de proteção e nem protetor auditivo sem contar que não está usando o cinto de segurança, pois o mesmo está pendurado ao lado do banco.
4 - Existe um buraco próximo à traseira do caminhão, onde quando o pneu da empilhadeira passar sobre ele, ou se o operador frear, vai fazer com que a carga caia para frente, ferindo o colaborador que está sobre o caminhão.
5 - A carga está passando do limite dos garfos, onde o centro de carga está fora do limite de segurança.
6 - A carga pesa 3.200 Kg, sendo que a capacidade da empilhadeira é para 3.0T.
7 - Os faróis da empilhadeira estão apagados, sendo que o correto seria que estivessem acesos para ajudar o pedestre a visualizar a empilhadeira tanto a noite quanto de dia (Veja e seja Visto).

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A importância e necessidade de um PCA - Programa de Conservação Auditiva

Dentre todos os agentes do risco físico o que possui maior incidência é o ruído. Milhares de trabalhadores sofrem com o ruído de seus locais de trabalho, sejam eles internos ou externos.
Esse agente é preocupante, pois a exposição a ele causa interferência na saúde, bem estar e qualidade de vida das pessoas, o fator de grande influência é o tempo de exposição e intensidade desse ruído, pois pode haver grande exposição e baixa intensidade ou vice-versa, mas as duas situações podem causar danos a saúde do trabalhador.
Como proteção ao trabalhador existem várias leis e normas que buscam adequar o tempo de exposição e a concentração do agente ao dia a dia de contato. Dentre eles destacamos o PCA que é o Programa de Conservação Auditiva, com o intuito de preservar a audição do indivíduo, sendo ele portador ou não da perda auditiva, visto que o programa é direcionado a prevenção.
Como documento base a elaboração desse programa atende aos seguintes requisitos legais:
PCMSO e PPRA, (Portaria Nº 24, 1994)
Portaria Nº 19 de 09/04/98 do MTb
OS Nº 608 de 05/08/98 do MPS 2.
Este programa é desenvolvido através de adoção da implantação de rotinas nas empresas para que se consiga a prevenção ou a estabilização das perdas auditivas ocupacionais.
Definição de PCA (Programa de Conservação Auditiva) é um conjunto de medidas técnicas simplificadas ou administrativas, distribuídas e mantidas ao longo do tempo, que agindo de forma integrada e complementar entre si, pode servir de substituto temporário a modernização tecnológica e melhoria das condições de trabalho como um todo.
Essa avaliação é realizada pelo fonoaudiólogo através da audiometria, inclusive avaliando a eficácia do programa em decorrência do contato individual com o trabalhador, bem dando maiores esclarecimentos sobre os efeitos do ruído e as formas de prevenção, e principalmente o uso do EPI e equipamentos de proteção auditiva.
O SESMT deve escolher um local apropriado para implantar o programa. Quanto maior for o tempo, melhor será a extensão do PCA. Nesta indicação devem estar contidos os geradores de ruído, como máquinas, equipamentos e fatores externos.
Atualmente, muitas empresas possuem este tipo de programa com a finalidade de prevenir a saúde auditiva dos seus funcionários. Podemos referenciar uma data importante para a implantação do programa, durante a realização da SIPAT na empresa, aproveitando o espírito de conscientização, prevenção e mobilização.
O programa deve exercer atividades como:
• Avaliação e monitoramento do ruído;
• Avaliação e monitoramento da audição;
• Orientações sobre o uso dos protetores auriculares;
• Palestras educativas sobre a prevenção auditiva.
O exame audiométrico deve ser realizado apenas por profissional habilitado, ou seja, fonoaudiólogo ou médico reconhecidos por meio de registro nos respectivos conselhos profissionais.
O resultado do teste audiométrico deve ser registrado de forma que contenha no mínimo:
a) nome, idade e número de registro de identidade do trabalhador e assinatura do mesmo;
b) nome da empresa e função do trabalhador;
c) tempo de repouso auditivo cumprido para a realização do exame;
d) nome do fabricante, modelo e data da última calibração do audiômetro;
e) nome, nº de registro no conselho regional e assinatura do profissional responsável pela execução da audiometria.
A existência de audiometrias sequenciais facilita o diagnóstico, fornecendo dados importantes no que diz respeito à progressão da perda auditiva no decorrer do tempo.
Portanto, os programas de conservação auditiva devem ser coordenados por profissionais da área, fonoaudiólogos, engenheiros e técnicos de segurança do trabalho, sendo necessário o intercâmbio das informações adequadas ao sucesso do programa.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

10 Dicas do BOPE RJ – Principais dicas para realizar a operação segura

Baseado na entrevista do capitão Luis (Bope) depois da retomada do complexo do alemão RJ.

1.    Planejar: Saber o que deseja e planejar o trabalho;
2.    Confiança: confiar nas pessoas envolvidas;
3.    Respeito e disciplina: ter respeito pelas pessoas envolvidas na operação independente da classe hierárquica;
4.    Ser integro: trabalhar em sintonia;
5.    Comunicação: a comunicação tem que existir e sempre de maneira clara;
6.    Levar o trabalho a sério: realizar a atividade de maneira que não perca a concentração;
7.    Cada um fazer a sua parte: realizar o que é proposto pela liderança;
8.    Antecipar os erros: quem previne de maneira eficaz coloca o trabalho longe de acontecer acidentes;
9.    Reconhecer ajuda: Importante para que as tarefas tenham produtividade e segurança;
10. Equipamentos: os equipamentos de trabalho devem estar de acordo e com as melhores condições para realizar a missão.


domingo, 1 de setembro de 2013

Permissão de trabalho: tudo que você precisa saber sobre


Você sabe o que é uma PT?
PT – Permissão de Trabalho é a autorização dada por escrito, em documento próprio para a execução de qualquer trabalho de manutenção, montagem, desmontagem, construção, reparo ou inspeção de equipamentos a ser realizado na área industrial. Tem por objetivo esclarecer as etapas para avaliação de liberação de serviços com riscos potenciais de acidentes a serem executados nas diversas áreas.
Ao preencher a PT leia atentamente antes de iniciar o serviço, verificando se foram atendidas todas as recomendações exigidas. Deve estar devidamente preenchida, assinada e permanecer junto à obra em local visível sob a responsabilidade da supervisão. É necessário também, que o preenchimento dessa autorização seja bem feita, com critérios, para que tenham validade na orientação dos funcionários. Para auxiliá-lo descrevemos abaixo algumas instruções para o devido preenchimento da Permissão de trabalho:

A) Antes de iniciar o trabalho:
- Vá ao local de execução do trabalho para efetuar a inspeção, verifique e anote todas as condições que envolvam perigo antes de iniciar suas atividades.
- Comunique-se com a supervisão, responsável pela área para que essa tome conhecimento e para que possa contribuir nas instruções de segurança.
- Preencha o formulário no local que irá ser executado o trabalho, ao elaborar este procedimento, todos os responsáveis devem participar com o objetivo de descrever as etapas de trabalho, verificando a cada etapa os perigos e as medidas preventivas a serem executadas.
- Após a elaboração da Análise de Risco e da Permissão de Trabalho (DEVIDAMENTE PREENCHIDA), reúna todos os colaboradores e passe instruções de segurança de acordo com os dados registrados neste procedimento.
- A instrução dada à equipe de trabalho deve ser feita exatamente na área de trabalho com o objetivo de mostrar os locais perigosos, as formas adequadas de trabalho, o uso de equipamentos de segurança, etc. Após as instruções, solicite as assinaturas dos participantes no verso do formulário.
B) Ao iniciar o trabalho:
- Todas as etapas devem obedecer à determinação da PT, desde a forma de trabalho até o uso de equipamentos de proteção individual.
- Todo local de trabalho deve estar devidamente isolado.
- Deixe a PT em local visível e o preenchimento deve estar legível e preenchido com todos os itens de segurança necessário para a execução do trabalho com segurança.
- Todos os dias a supervisão da empresa contratada, antes de iniciar as atividades, deve reunir sua equipe de trabalho e efetuar instruções de segurança de acordo a Permissão de Trabalho e a Análise de Risco.
- Caso haja acidentes/incidentes, os responsáveis devem parar o serviço, reunir todos seus funcionários e divulgá-los com o objetivo de apresentar as falhas e as medidas preventivas para evitar a reincidência.
- Todo local da obra/serviços, deve ter cartazes de segurança para orientação dos funcionários e pessoas que passam próximo ao local.
- Os responsáveis têm como obrigação, coletar dados sobre as falhas nas execuções das atividades com o objetivo de efetuar instruções de segurança visando à prevenção de acidente e a qualidade no trabalho.
- Os trabalhos devem iniciar somente após a leitura, entendimento e assinatura por parte dos executantes.
C) Término do Trabalho:
- Efetue inspeção em todo local da obra, eliminando as irregularidades apresentadas (lixo, peças soltas sobre equipamentos, materiais inflamáveis, estruturas soltas, estruturas amarradas, etc.) - Após a inspeção para liberar a área a empresa contratada deve comunicar a supervisão da área e ao contratante para que esses verifiquem as condições do trabalho e também as condições de segurança do local.
- Todas as etapas de término de trabalho devem estar contidas na Permissão de Trabalhos. Após a conclusão dos trabalhos, o responsável pela execução, deverá devolver a ficha de liberação para o responsável da área ou solicitante, para vistoria e conhecimento da conclusão do serviço. A ficha de liberação deverá ser arquivada no Setor de Segurança do Trabalho.
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