sábado, 24 de janeiro de 2015

Empilhadeiras e Pedestres - Regra de 1 metro

    Um dos maiores riscos que enfrentamos em áreas de armazenamento e movimentação de cargas é o de atropelamento, o ideal é que sejam delimitadas áreas especificas para o transito de veículos (empilhadeiras, por exemplo) e de pedestres. Em alguns armazém e áreas de movimentação temos a possibilidade de realizar esta separação, inclusive com barreiras físicas, como guarda-corpo, cercas, barreiras plásticas, etc. Contudo, mesmo nestes locais a realidade nos mostra que mesmo adotando estas práticas, dificilmente conseguiremos o isolamento total homem X máquina. Desta forma, precisamos atuar no comportamento e definir regras claras e objetivas para que essa interação seja da forma mais controlada possível, é ai que entra a “Regra de 1 metro”, descrita abaixo:

    O objetivo da Regra de 1 metro é o de reduzir a probabilidade de ocorrência de acidente envolvendo empilhadeiras e pedestres nas operações, estabelecendo uma distância mínima entre pedestres e equipamentos.

    Ou seja: PREVENIR ACIDENTES GRAVES !!!!

    Regra de 1 metro  

    Como funciona?
    Sempre que houver necessidade de se aproximar de uma empilhadeira, estando está em atividade, o pedestre deverá manter-se a uma distância mínima de 1m (um metro) do equipamento.

    O Pedestre somente poderá se aproximar da empilhadeira, respeitando a distância estabelecida (1 metro) e quando tiver a certeza de que o operador o viu, caso contrário, não deve se aproximar.

    É expressamente proibido encostar-se em equipamentos móveis, estando o mesmo ligado, por exemplo: Colocar os pés nos pneus, se apoiar no equipamento, entregar ou pegar documentos ou objetos ao operador do equipamento, etc.
    Caso seja necessário que um pedestre se aproxime de um equipamento em atividade, aproximando-se a uma distância menor que 1m (um metro), o operador de empilhadeira deverá:
    - Fazer contato visual com o pedestre e sinalizar que irá desligar o equipamento;
    - Inclinar a torre e abaixar os garfos/carga;
    - Desengatar o equipamento, colocando a marcha na posição neutra;
    - Acionar o freio de estacionamento;
    - Desligar o equipamento.
    Sinalização
    As empilhadeiras devem possuir sinalização em local visível e de fácil compreensão. Como exemplo abaixo:
    Responsabilidades
   Operador de Empilhadeira: Orientar e não permitir que pedestres se aproximem, a uma distância menor que 1 metros do equipamento em funcionamento.
    Pedestres: Orientar e respeitar a distância estabelecida.
    Liderança: Fiscalizar e garantir que a regra seja cumprida.
    SESMT: Treinar todos os envolvidos, fiscalizar e dar o suporte técnico necessário.

Pedestres e operadores, em busca de um ambiente mais seguro. 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

DSSMA: Proteção dos pulmões

           O aspecto mais importante a ter em conta com respeito aos pulmões é que eles evitam que qualquer substância perigosa se introduza no sangue - substâncias que podem estar no ar que respiramos.

Os pulmões são formados por milhões de células tão pequenas que só podem ser vistas com um microscópio muito potente. O revestimento de cada uma destas células é um filtro muito bom. Permite que o oxigênio do ar passe ao sangue. Ao mesmo tempo permite que o dióxido de carbono do sangue saia através da respiração.

Se o oxigênio fosse o único gás que pudesse passar através do sangue não haveria problemas. Sem dúvida uma grande quantidade de vapores e gases venenosos também podem passar para o sangue. Alguns deles são muitos perigosos e este é o motivo pelo qual em muitas circunstâncias é necessário usar máscaras contra gases apesar de que se tenham tomado outras medidas para eliminá-los do ar.

Também sempre tem poeira no ar - mesmo nos lugares mais limpos. A melhor maneira de manter limpo o ar do lugar de trabalho é evitando que as substâncias perigosas entres neles. Isto significa que as operações e processo que produzem substâncias ruins devem estar controladas por exaustores. Sem dúvida, certas operações não podem ser protegidas completamente, alguns pós e vapores ficam soltos. Uma boa ventilação soluciona o problema em muitos casos, mas quando isto não é suficiente deverão usar-se máscaras ou respiradores.

Provavelmente seria mais correto dizer que os respiradores e máscaras são protetores dos pulmões. O problema é que muita gente não quer usá-los. Dizem que lhes causa algum incômodo - o que não têm em conta é o “incômodo” que lhes podem causar os pulmões cheios de pó. E se este pó que se respira é venenoso, o problema pode ser muito sério.

A conclusão deste DSSMA é óbvia: usem os equipamentos de proteção respiratória.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O que é "Segurança de Processo"?

Nem todos os perigos e riscos são iguais ou podem causar as mesmas consequências. Perigos/ riscos pessoais ou ocupacionais, tais como escorregões, quedas, cortes e acidentes com veículos, geralmente produzem efeitos sobre um único trabalhador. Por outro lado, perigos/riscos de processo podem ocasionar acidentes maiores, envolvendo a libertação de materiais potencialmente perigosos, incêndios e explosões ou ambos. Os incidentes de segurança de processo podem ter efeitos catastróficos e podem resultar em múltiplas mortes e feridos, assim como danos substanciais à economia, à propriedade e ao ambiente. Incidentes de segurança de processo podem causar dano, tanto aos trabalhadores no interior de uma fábrica, como ao público que reside nas vizinhanças. Essa é a razão pela qual a gestão da segurança de processo está focada no projeto e engenharia das instalações, testes e manutenções de equipamentos, alarmes e controles de processo eficazes, procedimentos de operação e manutenção, formação do pessoal e fatores humanos.

                    SEGURANÇA DE PROCESSO                                 SEGURANÇA PESSOAL

Uma analogia
O professor Andrew Hopkins da Australian Nation University sugere o seguinte exemplo para mostrar a diferença entre segurança pessoal e segurança de processo. Uma preocupação de segurança importante na indústria da aviação comercial são as lesões causadas aos carregadores de bagagens – por exemplo, lesões nas costas e luxações musculares (segurança pessoal). Mas nenhuma empresa aérea jamais pensaria que seus esforços para reduzir esse tipo de lesão melhoraria a segurança de voo (equivalente à segurança de processo). São necessárias atividades e programas diferentes para gerir as diferentes áreas da segurança.

Sabia?
O bom desempenho em segurança pessoal não assegura um bom desempenho em segurança de processo. Embora exista muito em comum, como uma boa cultura e atitude de segurança, um bom desempenho em segurança de processo requer uma compreensão profunda dos perigos específicos associados aos produtos químicos (manuseados ou armazenados) e às operações de processo que são realizadas em cada instalação.

O que podes fazer?
- Compreender os perigos e riscos específicos dos materiais na tua instalaçãp e a tua responsabilidade no manuseio com segurança desses materiais.
- Compreender os perigos e riscos específicos dos processos de manipulação, armazenagem, transporte, reembalagem, outras operações de processamento realizadas na tua unidade;
- Compreender o teu papel nas atividades de segurança de processo, incluindo a análise de perigos e riscos, a gestão de mudança, o relato e investigação de incidentes, a manutenção e testes, e o cumprimento dos procedimentos e práticas de trabalho seguras.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Empilhadeira – Quais riscos você identifica

Observe a imagem e identifique os riscos existentes.

Pergunta: Quais os riscos que você identifica na situação?

Resposta:
1 – Ajudantes estão sem os EPIs necessários para a atividade capacete com jugular, óculos de segurança, cinto de segurança e luvas de proteção)
2 - Colaborador de boné vermelho está sobre a carroceria do caminhão no ato do carregamento (proibido)
2 - Colaborador sem boné em cima da carga puxando uma corda para amarrá-la, (risco de queda, pois o mesmo está sem o cinto trava queda que deve ser utilizado quando se vai lonar um caminhão, ou fazer algum serviço em altura) e também, o mesmo está ajoelhado em baixo da luminária, quando se levantar pode bater a cabeça nela.
3 - Operador de empilhadeira está transitando com a carga elevada além do permitido. (proibido) e também não está usando capacete com jugular, óculos de proteção e nem protetor auditivo sem contar que não está usando o cinto de segurança, pois o mesmo está pendurado ao lado do banco.
4 - Existe um buraco próximo à traseira do caminhão, onde quando o pneu da empilhadeira passar sobre ele, ou se o operador frear, vai fazer com que a carga caia para frente, ferindo o colaborador que está sobre o caminhão.
5 - A carga está passando do limite dos garfos, onde o centro de carga está fora do limite de segurança.
6 - A carga pesa 3.200 Kg, sendo que a capacidade da empilhadeira é para 3.0T.
7 - Os faróis da empilhadeira estão apagados, sendo que o correto seria que estivessem acesos para ajudar o pedestre a visualizar a empilhadeira tanto a noite quanto de dia (Veja e seja Visto).

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A importância e necessidade de um PCA - Programa de Conservação Auditiva

Dentre todos os agentes do risco físico o que possui maior incidência é o ruído. Milhares de trabalhadores sofrem com o ruído de seus locais de trabalho, sejam eles internos ou externos.
Esse agente é preocupante, pois a exposição a ele causa interferência na saúde, bem estar e qualidade de vida das pessoas, o fator de grande influência é o tempo de exposição e intensidade desse ruído, pois pode haver grande exposição e baixa intensidade ou vice-versa, mas as duas situações podem causar danos a saúde do trabalhador.
Como proteção ao trabalhador existem várias leis e normas que buscam adequar o tempo de exposição e a concentração do agente ao dia a dia de contato. Dentre eles destacamos o PCA que é o Programa de Conservação Auditiva, com o intuito de preservar a audição do indivíduo, sendo ele portador ou não da perda auditiva, visto que o programa é direcionado a prevenção.
Como documento base a elaboração desse programa atende aos seguintes requisitos legais:
PCMSO e PPRA, (Portaria Nº 24, 1994)
Portaria Nº 19 de 09/04/98 do MTb
OS Nº 608 de 05/08/98 do MPS 2.
Este programa é desenvolvido através de adoção da implantação de rotinas nas empresas para que se consiga a prevenção ou a estabilização das perdas auditivas ocupacionais.
Definição de PCA (Programa de Conservação Auditiva) é um conjunto de medidas técnicas simplificadas ou administrativas, distribuídas e mantidas ao longo do tempo, que agindo de forma integrada e complementar entre si, pode servir de substituto temporário a modernização tecnológica e melhoria das condições de trabalho como um todo.
Essa avaliação é realizada pelo fonoaudiólogo através da audiometria, inclusive avaliando a eficácia do programa em decorrência do contato individual com o trabalhador, bem dando maiores esclarecimentos sobre os efeitos do ruído e as formas de prevenção, e principalmente o uso do EPI e equipamentos de proteção auditiva.
O SESMT deve escolher um local apropriado para implantar o programa. Quanto maior for o tempo, melhor será a extensão do PCA. Nesta indicação devem estar contidos os geradores de ruído, como máquinas, equipamentos e fatores externos.
Atualmente, muitas empresas possuem este tipo de programa com a finalidade de prevenir a saúde auditiva dos seus funcionários. Podemos referenciar uma data importante para a implantação do programa, durante a realização da SIPAT na empresa, aproveitando o espírito de conscientização, prevenção e mobilização.
O programa deve exercer atividades como:
• Avaliação e monitoramento do ruído;
• Avaliação e monitoramento da audição;
• Orientações sobre o uso dos protetores auriculares;
• Palestras educativas sobre a prevenção auditiva.
O exame audiométrico deve ser realizado apenas por profissional habilitado, ou seja, fonoaudiólogo ou médico reconhecidos por meio de registro nos respectivos conselhos profissionais.
O resultado do teste audiométrico deve ser registrado de forma que contenha no mínimo:
a) nome, idade e número de registro de identidade do trabalhador e assinatura do mesmo;
b) nome da empresa e função do trabalhador;
c) tempo de repouso auditivo cumprido para a realização do exame;
d) nome do fabricante, modelo e data da última calibração do audiômetro;
e) nome, nº de registro no conselho regional e assinatura do profissional responsável pela execução da audiometria.
A existência de audiometrias sequenciais facilita o diagnóstico, fornecendo dados importantes no que diz respeito à progressão da perda auditiva no decorrer do tempo.
Portanto, os programas de conservação auditiva devem ser coordenados por profissionais da área, fonoaudiólogos, engenheiros e técnicos de segurança do trabalho, sendo necessário o intercâmbio das informações adequadas ao sucesso do programa.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

10 Dicas do BOPE RJ – Principais dicas para realizar a operação segura

Baseado na entrevista do capitão Luis (Bope) depois da retomada do complexo do alemão RJ.

1.    Planejar: Saber o que deseja e planejar o trabalho;
2.    Confiança: confiar nas pessoas envolvidas;
3.    Respeito e disciplina: ter respeito pelas pessoas envolvidas na operação independente da classe hierárquica;
4.    Ser integro: trabalhar em sintonia;
5.    Comunicação: a comunicação tem que existir e sempre de maneira clara;
6.    Levar o trabalho a sério: realizar a atividade de maneira que não perca a concentração;
7.    Cada um fazer a sua parte: realizar o que é proposto pela liderança;
8.    Antecipar os erros: quem previne de maneira eficaz coloca o trabalho longe de acontecer acidentes;
9.    Reconhecer ajuda: Importante para que as tarefas tenham produtividade e segurança;
10. Equipamentos: os equipamentos de trabalho devem estar de acordo e com as melhores condições para realizar a missão.


domingo, 1 de setembro de 2013

Permissão de trabalho: tudo que você precisa saber sobre


Você sabe o que é uma PT?
PT – Permissão de Trabalho é a autorização dada por escrito, em documento próprio para a execução de qualquer trabalho de manutenção, montagem, desmontagem, construção, reparo ou inspeção de equipamentos a ser realizado na área industrial. Tem por objetivo esclarecer as etapas para avaliação de liberação de serviços com riscos potenciais de acidentes a serem executados nas diversas áreas.
Ao preencher a PT leia atentamente antes de iniciar o serviço, verificando se foram atendidas todas as recomendações exigidas. Deve estar devidamente preenchida, assinada e permanecer junto à obra em local visível sob a responsabilidade da supervisão. É necessário também, que o preenchimento dessa autorização seja bem feita, com critérios, para que tenham validade na orientação dos funcionários. Para auxiliá-lo descrevemos abaixo algumas instruções para o devido preenchimento da Permissão de trabalho:

A) Antes de iniciar o trabalho:
- Vá ao local de execução do trabalho para efetuar a inspeção, verifique e anote todas as condições que envolvam perigo antes de iniciar suas atividades.
- Comunique-se com a supervisão, responsável pela área para que essa tome conhecimento e para que possa contribuir nas instruções de segurança.
- Preencha o formulário no local que irá ser executado o trabalho, ao elaborar este procedimento, todos os responsáveis devem participar com o objetivo de descrever as etapas de trabalho, verificando a cada etapa os perigos e as medidas preventivas a serem executadas.
- Após a elaboração da Análise de Risco e da Permissão de Trabalho (DEVIDAMENTE PREENCHIDA), reúna todos os colaboradores e passe instruções de segurança de acordo com os dados registrados neste procedimento.
- A instrução dada à equipe de trabalho deve ser feita exatamente na área de trabalho com o objetivo de mostrar os locais perigosos, as formas adequadas de trabalho, o uso de equipamentos de segurança, etc. Após as instruções, solicite as assinaturas dos participantes no verso do formulário.
B) Ao iniciar o trabalho:
- Todas as etapas devem obedecer à determinação da PT, desde a forma de trabalho até o uso de equipamentos de proteção individual.
- Todo local de trabalho deve estar devidamente isolado.
- Deixe a PT em local visível e o preenchimento deve estar legível e preenchido com todos os itens de segurança necessário para a execução do trabalho com segurança.
- Todos os dias a supervisão da empresa contratada, antes de iniciar as atividades, deve reunir sua equipe de trabalho e efetuar instruções de segurança de acordo a Permissão de Trabalho e a Análise de Risco.
- Caso haja acidentes/incidentes, os responsáveis devem parar o serviço, reunir todos seus funcionários e divulgá-los com o objetivo de apresentar as falhas e as medidas preventivas para evitar a reincidência.
- Todo local da obra/serviços, deve ter cartazes de segurança para orientação dos funcionários e pessoas que passam próximo ao local.
- Os responsáveis têm como obrigação, coletar dados sobre as falhas nas execuções das atividades com o objetivo de efetuar instruções de segurança visando à prevenção de acidente e a qualidade no trabalho.
- Os trabalhos devem iniciar somente após a leitura, entendimento e assinatura por parte dos executantes.
C) Término do Trabalho:
- Efetue inspeção em todo local da obra, eliminando as irregularidades apresentadas (lixo, peças soltas sobre equipamentos, materiais inflamáveis, estruturas soltas, estruturas amarradas, etc.) - Após a inspeção para liberar a área a empresa contratada deve comunicar a supervisão da área e ao contratante para que esses verifiquem as condições do trabalho e também as condições de segurança do local.
- Todas as etapas de término de trabalho devem estar contidas na Permissão de Trabalhos. Após a conclusão dos trabalhos, o responsável pela execução, deverá devolver a ficha de liberação para o responsável da área ou solicitante, para vistoria e conhecimento da conclusão do serviço. A ficha de liberação deverá ser arquivada no Setor de Segurança do Trabalho.
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