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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Armazenamento de Líquidos Inflamáveis

Abrigo para tambor

     Muitas instalações industriais e estabelecimentos comerciais compram líquidos inflamáveis em tambores de 200 litros. Para o uso rotineiro eles transferem estes líquidos para recipientes menores. Os tambores devem satisfazer os rígidos padrões do INMETRO para que possam estar qualificados como recipientes para transporte de líquidos inflamáveis. Porém, estes padrões não servem para qualificar os tambores como recipientes de armazenamento de longo prazo.

     Muitos usuários assumem que é seguro armazenar tambores fechados exatamente como foram recebidos. Um tambor para ser seguro para armazenamento deve ser protegido contra a exposição a riscos de incêndio e explosão.

     O armazenamento externo deve ser preferido em relação ao interno. Porém, os tambores devem ser protegidos contra a luz solar direta e contra outras fontes de calor. O tampão deve ser substituído por um respiro de alívio vácuo-pressão, tão logo o tambor fechado seja aberto. Este tipo de respiro deve ser instalado num tambor de líquido inflamável vedado se houver qualquer possibilidade de que ele seja exposto a luz solar direta, ou for danificado de qualquer maneira, seu conteúdo deve ser imediatamente transferido para um recipiente em bom estado em que seja limpo ou que tenha sido usado para guardar o mesmo líquido anteriormente.

     O recipiente substituto deve ser do tipo que satisfaça as exigências necessárias de segurança.Todo tambor deve ser verificado quanto à presença do rótulo identificando seu conteúdo. É importante que este rótulo permaneça claramente visível para evitar confusão com outro inflamável e também facilitar o descarte seguro. Talvez o equipamento mais comum para armazenar pequenas quantidades de líquido inflamável sejam os portáteis variando de 1 a 15 litros. Os recipientes seguros são feitos de várias formas.
Container de Armazenamento de Líquidos Inflamáveis
     Recipientes especiais podem ser usados para líquidos viscosos como os óleos pesados. Os recipientes para o uso final também são fabricados de muitas formas, para diferentes aplicações. Somente os recipientes de segurança reconhecidos ABNT, FM ou UL devem ser considerados aceitáveis para o manuseio de líquidos inflamáveis, seja para o armazenamento, transporte ou utilização final. Os recipientes devem ser pintados de vermelho e ter rótulos claramente visíveis e legíveis que identifiquem os conteúdos e indiquem os riscos existentes.

     O aço inoxidável ou recipientes não pintados podem ser usados para líquidos corrosivos de tinta. Os líquidos inflamáveis geralmente são comprados em pequenos recipientes com tampas e roscas. Embora eles satisfaçam rígidos padrões para se qualificarem como recipientes para transporte, não oferecem necessariamente proteção contra o fogo, o que é exigido de recipientes para armazenamento e transporte de líquidos combustíveis e inflamáveis. Conseqüentemente recomenda-se que em cada caso em que um grau maior de segurança deva ser obtido, todos os líquidos inflamáveis sejam transferidos para recipientes “reconhecidos”, tão logo os recipientes de transporte sejam abertos.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Prevenção e combate a incêndio - Parte II


Extintores portáteis
     Equipamento de acionamento manual, portátil ou sobre rodas, constituído de recipiente ou cilindro, de componentes, e contendo agente extintor destinado a combater princípios de incêndio.


     Extintor de água pressurizada



     Extintor de espuma mecânica





     Extintor de Pó químico seco




     Extintor de gás carbônico (CO2)


       Quadro comparativo (características dos extintores)

 
 
     Método para combater Princípio de Incêndios


 
     Sinalização dos Extintores
 
     Todos os extintores devem ser sinalizados conforme figura abaixo, salvo nos casos em que são colocados em armários ou nichos.
 
Sinalização de equipamentos de combate a incêndio (Fonte: NBR 13.437/95)



     Quando houver obstáculos que impeçam a visualização direta da sinalização básica no plano vertical, a mesma deve ser repetida a uma altura visível.

     E essa sinalização repetida deve incluir o símbolo do equipamento e uma seta indicativa, e o conjunto não deve distar mais de 7,5 m do equipamento.

     Quando o equipamento se encontrar instalado no pilar, todas as faces do pilar devem ser sinalizadas.

     A sinalização de piso de extintores é necessária quando forem instaladas em garagem, áreas de fabricação, depósitos, locais de movimentação de mercadorias e de grande varejo.

Sinalização de equipamentos de combate a incêndio (Fonte: NBR 13.437/95)



     Posicionamento do Extintor

     Quando os extintores forem instalados em paredes ou divisórias, o suporte de fixação do extintor deve ser instalado no máximo a 1, 60 e no mínimo a 0,20 m do piso acabado.

     É permitida a instalação de extintores sobre o piso acabado, desde que permaneçam, apoiados em suportes apropriados, com altura recomendada entre 0,10 m e 0,20 m do piso.

     ATENÇÃO: Os extintores não devem ser instalados em escadas.

     ATENÇÃO: Aqui também deve ser levado em consideração os possíveis usuários. Quanto mais restrições possuírem os possíveis usuários (pessoas com menos capacidade de apanhar e transportar peso) ou mais pesado for o extintor, mais baixo o mesmo deve ser instalado.



     Identificação do Extintor
     Retângulo indicador da posição do extintor deve conter uma legenda para identificar o tipo de agente contido no extintor. Esta legenda escrita em letras brancas, deve obedecer aos seguintes critérios:


     Cuidados
  • Todos os extintores deverão ser revidados e testados hidrostaticamente a cada 5 anos.
  • Extintores de água, espuma química e pó seco, devem ter suas cargas trocadas anualmente.
  • Os extintores de CO2 devem ser pesados a cada seis meses e as ampolas de gás dos extintores de água e de pó químico seco (aparelhos pressurizados) a cada três meses.


     Prevenção de Incêndios 

     Como já foi dito, a medida para prevenir o incêndio é não permitir que se forme o triângulo do fogo. Como fazer isto?
     Há várias maneiras:
     O Profissional de SSMA pode desenvolver e estudar medidas de seu local de trabalho:
     a. Armazenagem de Material
  • Manter sempre, se possível, a substância inflamável longe de fonte de calor e de comburente, como no caso de operações de solda e oxi-corte.
  • Manter sempre no local de trabalho, a mínima quantidade de inflamável para uso, como no caso, por exemplo, de operações de pintura, nas quais o solvente armazenado deve apenas ser o suficiente para um dia de trabalho;
  • Possuir um depósito fechado e ventilado para armazenagem de inflamáveis e, se o mais longe da área de trabalho de operações;
  • Proibição de fumar nas áreas onde existem combustíveis ou inflamáveis.
     b. Manutenção Adequada
  • Instalação elétrica apropriada
  • Fios expostos ou descascados podem ocasionar curtos-circuitos, que de focos de incêndio se encontrar condições favoráveis à formação de chamas.
  • Instalações elétricas mal projetadas
  • Poderão provocar aquecimento nos fios e podem ser de origem de incêndios.
  • Pisos anti-faíscas
  • Em locais onde há inflamáveis, os pisos devem ser anti-faíscas, porque, um simples prego no sapato poderá ocasionar um incêndio. Pela mesma razão, chaves elétricas blindadas oferecem maior proteção que chaves de faca.
  • Instalação Mecânica
  • Falta de manutenção e lubrificação em equipamentos mecânicos pode ocasionar aquecimento por atrito em partes móveis, criando a perigosa fonte de calor.
     c. Ordem e limpeza
  • Os corredores, com papéis e estopas sujas de óleo pelo chão, são lugares onde o fogo pode começar a se propagar, sendo mais difícil a sua extinção.








domingo, 3 de outubro de 2010

Prevenção e combate a incêndio - Parte I



     A proteção contra incêndios procura evitar um dos graves problemas a segurança das pessoas, de máquinas, equipamentos e instalações. A grande maioria dos incêndios pode ser evitada. Mas, para combater o fogo é necessário ter bons equipamentos de combate, é indispensável que se saiba como utilizá-los e é preciso conhecer o inimigo que se pretende dominar e eliminar.

     Nenhum sistema de prevenção de incêndio será eficaz se não houver o elemento humano preparado para operá-lo. Esse elemento humano, para combater eficazmente um incêndio, deverá estar perfeitamente treinado. 

     É um erro pensar que sem treinamento, alguém, por mais hábil que seja, por mais coragem que tenha, por mais valor que possua, seja capaz de atuar de maneira eficiente quando do aparecimento do fogo. 

O fogo – Processos de extinção

“Fogo é uma reação química de oxidação com o desprendimento de luz e calor, esta reação é denominada de combustão.”

Para que haja fogo devem atuar três elementos:

Combustível – aquilo que vai queimar e transformar-se;

Calor – que dá início à combustão;

Oxigênio – um gás que existe no ar atmosférico e que é chamado de comburente.


    Esses três elementos são denominados elementos essenciais do fogo. Isso quer dizer, que se faltar um deles, não haverá fogo. Como são os três elementos do fogo, se forem representados por três pontos e se forem ligados ter-se-á o que se chama de “triângulo do fogo”.
“Triângulo do Fogo”

     Observação: a não existência de qualquer um destes elementos não propicia o aparecimento do fogo.

     É preciso conhecer e identificar bem o incêndio que se vai combater para escolher o equipamento correto. Um erro na escolha de um extintor pode tornar inútil o esforço de combater as chamas ou pode piorar a situação aumentando as chamas, espalhando-as ou criando novas causas de fogo.


Métodos de Transmissão de calor

Irradiação
     É a transmissão de calor por meio de ondas. Todo corpo quente emite radiações que vão atingir os corpos frios. O calor do sol é transmitido por esse processo. São radiações de calor as que as pessoas sentem quando se aproximam de um forno quente. Ondas caloríficas que se transmitem através do espaço.


Condução
     A propagação do calor é feita de molécula para molécula do corpo, por movimento vibratório. A taxa de condução do calor vai depender basicamente da condutividade térmica do material, bem como de sua superfície e espessura. É importante destacar a necessidade da existência de um meio físico.

Convecção
     É uma forma característica dos fluídos. Pelo aquecimento, as moléculas expandem-se e tendem a elevar-se, criando correntes ascendentes a essas moléculas e corrente descendente ás moléculas mais frias. 

     É um fenômeno bastante comum em edifícios, pois através de aberturas, como janelas, poços de elevadores, vãos de escadas, podem ser atingidos andares superiores. Este fenômeno pode ocorrer tanto no plano vertical como no plano horizontal. 

     É o processo de transmissão de calor, que se faz através da circulação de um meio transmissor, gás ou líquido. É o caso da transmissão do calor, através da massa de ar ou gases quentes, que se deslocam do local do fogo, podendo provocar incêndios em locais distantes do mesmo. 

     A proteção contra incêndios, decorrentes de calor transmitido por convecção é feita de forma a não deixar acumular ar ou gases quentes em locais que possuam combustíveis, principalmente os de baixos pontos de ignição.


Métodos de Extinção do Incêndio

     Os métodos de extinção do incêndio visam eliminar um ou mais componentes do triângulo do fogo. Na ausência de qualquer um desses três componentes, o fogo se extinguirá.



Resfriamento

     É o método mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do material combustível que está queimando, diminuindo, conseqüentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis. A água é o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de absorver calor e ser facilmente encontrada na natureza. A redução da temperatura está ligada à quantidade e à forma de aplicação da água (jato), de modo que ela absorva mais calor que o incêndio é capaz de produzir. É inútil o emprego de água onde queimam combustíveis com baixo ponto de combustão (menos de 20ºC), pois a água resfria até a temperatura ambiente e o material continuará produzindo gases combustíveis.


Abafamento

     Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material combustível. Não havendo comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo. Como exceção estão os materiais que têm oxigênio em sua composição e queimam sem necessidade do oxigênio do ar, como os peróxidos orgânicos e o fósforo branco.

     Conforme já vimos anteriormente, a diminuição do oxigênio em contato com o combustível vai tornando a combustão mais lenta, até a concentração de oxigênio chegar próximo de 8%, onde não haverá mais combustão. Colocar uma tampa sobre o recipiente contendo álcool em chamas, ou colocar um copo voltado de boca para baixo sobre uma vela acesa, são duas experiências práticas que mostram que o fogo se apagará tão logo se esgote o oxigênio em contato com o combustível.

     Pode-se abafar o fogo com uso de materiais diversos, como areia, terra, cobertores, vapor d´água, espumas, pós, gases especiais etc.


Isolamento

     É a forma mais simples de se extinguir um incêndio. Baseia-se na retirada do material combustível, ainda não atingido, da área de propagação do fogo, interrompendo a alimentação da combustão. Método também denominado corte ou remoção do suprimento do combustível.

     Ex.: fechamento de válvula ou interrupção de vazamento de combustível líquido ou gasoso, retirada de materiais combustíveis do ambiente em chamas, realização de aceiro, etc.


Classes de Incêndio

Classe de incêndio - "Classe A"

Fogo em materiais sólidos.

Caracteriza-se por queimar em superfície e profundidade. Após a queima deixam resíduos. Ex. tecido, madeira, papel, capim, etc.

Método de extinção: Por resfriamento e umidificação com água ou solução aquosa, ou recobrindo com agente extintor de ação múltipla.


Classe de incêndio - "Classe B"

Fogo em líquidos inflamáveis.

Caracteriza por queimar-se na superfície, não deixando resíduos. Ex. graxas, vernizes, tintas, gasolina, álcool, éter, etc.

Método de extinção: A extinção se obtém por abafamento ou por redução ao teor de oxigênio do ar, ou por ação química que interrompa a reação química em cadeia.
 
 
Classe de incêndio - "Classe C"
 
Fogo em equipamentos elétricos energizados.
 
Ex. motores, quadros de distribuição, fios sob tensão, computadores, etc.

Método de extinção: A extinção se faz com emprego de agente não condutor elétrico, mas cujo emprego não cause maiores danos aos equipamentos.
 
 
Classe de incêndio - "Classe D"
 
Fogo em elemento pirofóricos.
 
Ex. Magnésio, zircônio, titânio, etc. 

Método de extinção: A extinção se faz com emprego de técnicas e agentes extintores específicos e especiais.
 
 
Continua...
 
 
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