quarta-feira, 2 de junho de 2010

O lixo e a Coleta Seletiva



        O lixo é responsável por um dos mais graves problemas ambientais de nosso tempo. Seu volume é enorme e vem aumentando intensa e progressivamente, principalmente nos grandes centros urbanos, atingindo quantidades impressionantes, como por exemplo os 14 milhões de quilos coletados diariamente na Cidade de São Paulo. Os sacos de lixo recolhidos em um apenas um dia, nessa cidade, enfileirados, cobririam os 2.000 km que separam São Paulo - SP e Salvador - BA.

        Na maior parte dos municípios brasileiros (cerca de 76% deles), o lixo é simplesmente jogado no solo, sem qualquer cuidado, formando os lixões, altamente prejudiciais à saúde pública. O lixo acumulado é potencialmente um transmissor de doenças por vias indiretas.



        As conseqüências da disposição inadequada do lixo no meio ambiente são a proliferação de vetores de doenças (como ratos, baratas e micróbios), a contaminação de lençóis subterrâneos e do solo pelo chorume (líquido escuro, altamente tóxico, formado na decomposição dos resíduos orgânicos do lixo) e a poluição do ar, causada pela fumaça proveniente da queima espontânea do lixo exposto.

        Dentro desse quadro, a coleta seletiva de lixo aparece não como a solução final, mas como uma das possibilidades de redução do problema. Nosso lixo é composto por diversos tipos de material, grande parte reaproveitável.

        São centenas de milhares de toneladas de plásticos, vidro, papéis, papelão, latas de alumínio e de aço que poderiam ter destino mais nobre que atulhar os espaços vitais de nosso território, ficando sepultadas para sempre.

        Coleta seletiva consiste na separação de tudo o que pode ser reaproveitado, enviando-se esse material para reciclagem. A coleta seletiva não só contribui para a redução da poluição causada pelo lixo, como também proporciona economia de recursos naturais – matérias-primas, água e energia – e, em alguns casos, pode representar a obtenção de recursos, advindos da comercialização do material.

        Cabe a cada um de nós a responsabilidade para que a situação do lixo seja alterada para melhor. Podemos atuar individualmente, separando nosso próprio lixo e levando para locais onde ele seja aproveitado, ou organizando programas de coleta seletivo em nosso local de trabalho, de estudo ou de moradia (como condomínios), etc. Onde houver atividade humana, haverá lixo e oportunidade de praticar a coleta seletiva.




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