domingo, 20 de junho de 2010

Proteção de máquinas



        Estimativas indicam que máquinas participam de quase 50% do total de acidentes do trabalho no Brasil. O parque industrial brasileiro vem, anualmente, se renovando e aprimorando tecnologicamente. Mas a situação não é a mesma entre as pequenas e micro-empresas. Muitas delas possuem máquinas muito antigas.

        O problema nem sempre está relacionado à idade dos equipamentos, mas sim ao fato de que as máquinas mais antigas não vinham com dispositivos de segurança como itens de série e muitas vezes eram opcionais (o que na visão contábil pode ser visto como despesa a mais).

        Na grande maioria das máquinas envolvidas em acidentes é constatada a falta de proteções física de suas partes móveis (correias, conexões, volantes, reduções, área de conformação de peças, metálicas ou não, dentre outras).

        Estudos realizados pelo Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), através do Programa Sesi/Senai de Redução de Acidentes no Trabalho (PRAT), constatou que a maior parte das máquinas pode ser protegida adequadamente (proteções físicas), utilizando-se das competências internas de cada empresa, principalmente as do setor metal-mecânico.

        Estas soluções simples podem ser ainda complementadas com recursos sofisticados, como scanner de área, cortina de luz, válvulas de segurança, freios pneumáticos e/ou hidráulicos. No entanto, devem ser considerados, alguns princípios básicos para o projeto e confecção de barreiras físicas de proteção:

        Diálogo: Deve ser a principal característica na concepção de proteção física de uma máquina na empresa. O diálogo é o estabelecido entre o corpo técnico habilitado em segurança do trabalho, profissionais responsáveis pela manutenção, operador da máquina, responsáveis pela produção, como atores principais para "encontrar" a proteção certa para determinada máquina.

        Normas: Devem atender as exigências das Normas Nacionais (NR-12 e NBR's) ou internacionais no caso de ausência para tal.

        Perigos: As proteções não podem provocar perigos recorrentes.

        Confiáveis: Não podem ser facilmente burladas ou colocadas fora de funcionamento.

        Distância: Devem estar afastados, convenientemente, da zona perigosa.

        Produção: A proteção não pode diminuir sensivelmente a produção.

        Dimensionamento: Para garantir inacessibilidade às partes perigosas da máquina, as proteções devem ser adequadamente dimensionadas, evitando acesso por cima, por baixo, pelas laterais, pelos fundos ou através dela. É recomendado que a empresa faça um cronograma de implantação das melhorias, priorizando as máquinas pelo potencial de Perigo.

        Normas que podem ser consultadas para o projeto e proposição de proteções físicas: NR-12, NM 272:2001, NBR NM-ISSO 13852, NBR 14153, NBR 5413, NM 273:2001, NBR13760, NBR 14153, NBR 14154, NBR 14152 dentre outras.




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